Lidando com o Coronavírus: A Literatura Russa tem as Respostas

"Nestes tempos incomuns de crise e incerteza, nós recomendamos voltar para os clássicos para conforto e iluminação"

Originally appeared at: Russian Life

Retrato de Natália Petrunkevich (1892) Nikolai Nikolaevich Ge


Como todos os Russófilos sabem, a literatura Russa tem uma resposta para tudo.

É um pensamento profundamente reconfortante que nós queremos compartilhar com o mundo. Assim, nestes tempos incomuns de crise e incerteza, nós recomendamos voltar para os clássicos para conforto e iluminação.

É claro, nem todos interpretam a realidade da mesma maneira. Todos buscamos resolver diferentes problemas. Com isto em mente, aqui vão 17 recomendações de como a literatura Russa pode ir ao teu encontro onde quer que você esteja. Esperamos tirar você de toda essa loucura, ao menos por um tempo...

Se você se sente assim: 

Estamos sob ataque, no meio de uma profunda crise existencial que exigirá os esforços ilimitados de todas as pessoas a fim de ser combatida.

Tente ler isso:

Guerra e Paz,por Lev Tolstói


Há algo de surreal, algo até mesmo absurdo nestes tempos. É como se uma batalha entre o Bem e o Mal estivesse sendo travada por meio de cada um de nós, todavia, de uma forma muito curiosa. Estou esperando por um convite para um baile supernatural a qualquer momento.

O Mestre e a Margarida, por Mikhail Bulgakov


Estes são tempos negros, contudo, eu preciso acender a chama da esperança para o futuro. Nós vamos conseguir passar por isso, contanto que nos mantenhamos unidos em amor e em comunidade.

Para Dentro do Redemoinho, por Evgenia Ginzburg


Eu tenho caminhões de nostalgia pelo jeito que as coisas eram e eu não quero encarar este futuro que vejo se desenrolar diante de nós. Não podemos simplesmente continuar do jeito que sempre foi?

O Jardim das Cerejeiras, por Anton Chekhov


Se há algo que pode vir de bom deste distanciamento social, é o desmantelamento das falsidades e da vã aparência das convenções sociais. Todos temos que batalhar contra nosso orgulho e egoísmo e não sermos tão egocêntricos.

Eugênio Oneguin, por Alexander Pushkin


Humor, eu preciso de humor nestes tempos negros. Que tal uma jornada com um toque de Quixote, cheia de críticas afiadas contra a sociedade e a corrupção? Ah, e os personagens devem ser excêntricos, mas verossímeis.

O Bezerro de Ouro, por Ilf e Petrov


Creio que a vida é um tanto negra, opressiva e sem sentido. A melhor forma de lidar com isso é se preparar contra a adversidade e viver uma vida organizada. Ou, talvez, podemos tirar beleza da feiura escapando para o campo e criando uma existência menos complicada. Ou, ainda melhor, talvez somente não devêssemos mais ser governados pelas banalidades, mas pelo amor humano e pela compaixão.

A Pequena Trilogia (“O Homem no Caso,” “Groselhas,” e “Sobre o Amor”), por Anton Chekhov


Estou assombrado pelas pessoas que podemos perder, pelos futuros que serão arruinados, pelas famílias destruídas, tudo por este pequeno vírus.

A Casa na Margem do Rio, por Yuri Trifonov


Precisamos resistir. Sobrevivência é nossa maior preocupação. As chances estão contra nós, mas com a atitude certa e uma pesada dose de resiliência e sorte, podemos conseguir.

Um Dia na Vida de Ivan Denisovich, por Aleksandr Soljenítsin ​​​​​​


Aquilo pelo que estamos passando agora é apenas um simulacro (uma impostura, se preferir) de algo muito mais terrível. Estaríamos nos enganando se pensássemos que o "perigo real" já está presente. 

O Inspetor Geral, por Nikolai Gogol


Estou particularmente preocupado com aqueles que estão tentando lucrar com essa pandemia global às custas dos outros. Tais pessoas representam uma decadência moral de nossa sociedade e devem ser expostas como símbolos do ridículo.

Almas Mortas, por Nikolai Gogol


Eu preciso de um refúgio. Eu somente quero escapar de nossa vida super atarefada e excessivamente complicada para uma mais simples. Que tal a vida rural da Rússia no séc. XIX? Claro, ela estava longe da perfeição, mas ao menos era real.

A Caderneta do Esportista, por Ivan Turgenev


Claro, um refúgio é uma boa ideia, mas eu não quero ir além do que a primeira metade do séc. XX. Eu quero mergulhar em histórias de amor e paixão. Existe algo assim na literatura Russa, como uma coleção de novelas ou histórias devotadas completamente ao amor em suas muitas formas?

Avenidas Negras, por Ivan Bunin


Sou um tanto idealista e sinto que todos podemos fazer um pouco melhor do que as vidas medianas que nós aceitamos. Me chame de louco, mas penso que nossas vaidades sociais e consumismo são hipócritas e míopes, quando o mundo precisa tão mais de nós.

O Lamento da Mente, por Alexander Griboyedov


Eu preciso de uma boa literatura distópica para me lembrar que as coisas podem ser bem pior... bem pior. Contudo, tem que ser muito bem escrita.

O Lince, por Tatyana Tolstaya


O ritmo e a dimensão das mudanças ao nosso redor são simplesmente assustadoras... Algumas vezes até mesmo debilitantes. Acrescente na lista uma cultura que é materialística, egocêntrica, gananciosa e manipuladora, e eu sinto como se realmente precisássemos de um anti-herói: alguém que seja compassivo e altruísta, ponderado e deliberado, em suma, uma boa pessoa.

O Idiota, por Fiódor Dostoyevsky


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