Surtos, Conversões em Massa, Vivendo Não Pela Mentira

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Não é nada menos que um milagre. Em um ano que muitas pessoas têm descrito como o pior de uma geração, nossa região do país sofreu o que só pode ser descrito como uma conversão em massa - de fato, uma conversão explosiva - para a Igreja Ortodoxa, enchendo nossa própria paróquia a ponto de transbordar. O crescimento é chocante e avassalador. Nosso próprio clero está paralisado e pasmo.

Para ser mais preciso: três pessoas foram batizadas este ano. Sim - três pessoas.

Sugerir que três batismos são uma “conversão em massa” não é simplesmente um exagero - é uma mentira. É uma mentira destinada a provocar uma certa resposta emocional - neste caso, uma positiva.

Vivemos em uma época de Grandes Mentiras, onde se tornou linguagem diária até mesmo entre os Cristãos dizer que algo é preto quando é claramente branco, ou no estilo Orwelliano afirmar que dois mais dois são cinco.

Em nenhum lugar isso foi mais aparente do que o vírus da gripe do ano passado - a praga que, por qualquer outro nome, ainda é um vírus da gripe. Com a ajuda da mídia, a Grande Mentira descreve um único caso desta gripe como um “surto”, em vez de um “caso”, talvez da mesma forma que possamos falar da “conversão em massa” de nosso país, em vez de “três batismos”.

Isso é viver pela mentira.

Isso é visto também no discurso público sobre questões sociais e políticas. Onde o Evangelho e os Pais da Igreja ensinam a unidade de todas as pessoas através da Comunhão com o Uno Sangue de Jesus Cristo, os ativistas da Grande Mentira - liderados pelo Pai da Mentira - colocam vizinho contra vizinho com base na pigmentação da pele e na Teoria Crítica da Raça. Alguns Cristãos Ortodoxos enganados acrescentam suas vozes a esta loucura. Alguns líderes da Igreja até marcham ao lado dos aliados Marxistas daqueles que nas gerações anteriores pregaram sacerdotes Ortodoxos nas portas dos templos Ortodoxos.

Isso é viver pela mentira

Isso também é visto na esperança de que algum plano - ou algum líder - possa virar a maré das Grandes Mentiras que nos atingiram. Certamente, bons líderes podem ajudar por um tempo. Contudo, em última análise, é cada um de nós que deve decidir a quem serviremos e como viveremos: serviremos a Cristo ou serviremos à Grande Mentira? Mentimos para nós mesmos quando acreditamos que a responsabilidade de dizer a verdade está com outra pessoa: com um líder político ou com um líder da Igreja. Essa responsabilidade começa com cada um de nós.

Se somos Cristãos, podemos dizer que não queremos servir ao Pai da Mentira - mas será que adotamos uma abordagem de concordância para nos darmos bem com nossa família, amigos e colegas de trabalho em questões de fé e valores?

Quando vemos algo falso, será que dizemos que é verdadeiro (ou simplesmente não dizemos nada), apenas para evitar um conflito?

Será que nossas amizades e relacionamentos são uma contradição entre a vida Cristã - viver com Cristo o tempo todo - e voltadas para nós mesmos?

As Grandes Mentiras estão começando a nos prejudicar, mas estão longe de terminar de fazer suas exigências.

Como o autor Cristão Ortodoxo Rod Dreher descreve em seu novo livro, Vivendo Não Pela Mentira, o totalitarismo brando que enfrentamos agora é nada menos que uma nova religião: ela exigirá tudo de nós.

As experiências de quem viveu em outras sociedades totalitárias, como a União Soviética, nos ensinam que a religião da Grande Mentira e a fé em Cristo não podem coexistir: uma deve inevitavelmente dar lugar à outra. Assim como nossa vida em Cristo é chamada para ser total - incluindo nossa família, entretenimento, dinheiro, sexo, política, amizades, discurso e tudo mais - também a Grande Mentira do totalitarismo exige tudo de nós. Devemos decidir a quem servimos: Cristo, ou o Pai da Mentira.

A vida na Grande Mentira pode dar a impressão de que deseja apenas sua lealdade em meio período, que lhe dará o resto de sua vida e escolhas "para você", mas aqueles que viveram com ela (e sob ela) sabem que a Grande Mentira exige tudo.

Viver a verdade como Cristão começa com falar a verdade todos os dias: no trabalho, na escola, em casa. Temos que nos treinar para fazer isso - às vezes temos que nos treinar para ter coragem de não viver pelas mentiras do silêncio.

A maioria dos santos da Igreja são mártires - e a palavra mártir significa uma testemunha. Como Cristãos Ortodoxos, não podemos ser testemunhas com nosso silêncio, distorcendo a verdade ou vivendo de mentiras. Somente a verdade nos libertará.

Em nossa época de Grandes Mentiras, este é o lugar perfeito para começar nossa jornada fora da escuridão.

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