A Igreja Ortodoxa Russa tem trabalhado muito, muito duro para ver a indústria do aborto derrubada. Eles pressionam gradativamente até uma abolição completa do aborto e, no meio tempo, trabalham com o governo para reduzir o acesso ao aborto através da nação.
Nota do Editor: O Dr. Steve Turley é uma sensação do Youtube em rápida ascenção, autor de vários livros, escritor de blog e especialista em educação. Ele propõe um convincente argumento sobre o iminente retorno mundial dos valores tradicionais em termos de cultura, política e religião. Confira seu fascinante blog e canal do YT!
No seguinte vídeo, ele discute o impressionante crescimento do movimento pró-vida na Rússia.
TRANSCRIÇÃO:
Olá, pessoal! Bom estar de volta com vocês.
Uma Rússia pró-vida surge. Sobre isto que iremos falar no vídeo de hoje.
Nós, é claro, temos observado atentamente a revitalização da Igreja Ortodoxa Russa enquanto uma força tanto doméstica como internacional. Como parte desta revitalização, a Igreja Ortodoxa Russa tem trabalhado muito, muito duro para ver a indústria do aborto derrubada, eventualmente por completo. Eles tem pressionado gradativamente até uma abolição completa do aborto e, no meio tempo, eles influenciaram sucedidamente o governo Putin para começar a reduzir o acesso ao aborto através da nação.
Aqui está o que o Patriarca Cirilo disse quando ele dirigia-se a Duma – o congresso Russo – no ano passado, quando ele falou sobre a necessidade de remediar o problema do aborto. Ele afirmou:
"Graças a Deus, nós estamos vendo algum progresso definitivo. Todavia, nós continuamos a receber milhares de cartas dos fiéis com o pedido para solicitar às autoridades que solucionem o problema do aborto. Eu peço que não abandonem os esforços graduais para superar este terrível fenômeno."
Ele, o Patriarca, continuou asseverando que “tornar o aborto ilegal não é uma mudança revolucionária, mas um retorno à vida comum, sem a qual a felicidade de homens e mulheres é impensável, e o futuro do nosso povo é impossível”. Somente belas palavras do Patriarca!
Agora, o progresso que ele aludiu aqui envolve as medidas que o governo Russo tomou para banir o aborto depois de 12 semanas de gestação – banindo o aborto por meio dos esforços da Igreja Ortodoxa Russa – e sua tentativa de implementar uma assistência social para mulheres que estão grávidas em situações de risco. Bem, agora temos alguma evidência de que a maioria da sociedade Russa está, em si mesma, começando a mover-se na direção pró-vida, característica de uma civilização completamente Cristã.
Vamos começar com algumas estatísticas aqui. No ano passado, a Rússia relatou o menor índice de aborto desde o fim da Segunda Guerra Mundial, um estimado número de 700.000 abortos. Podemos ver uma tendência consistente de declínio ao longo do curso daquele período. Em 1965, houveram impressionantes 5.000.000 de abordos cometidos na Rússia. Em 1990, o último ano, ou alguns antes do colapso da União Soviética, haviam somente 4.000.000 abortos na Rússia. No ano de 2000, o número diminuiu para pouco menos de 2.000.000 de abortos. Então, em 2012, o número foi reduzido para cerca de um milhão de abortos. O resultado é, portanto, que o número de abortos decresceu em oito vezes na Rússia nos últimos 25 anos, de aproximadamente 5.000.000 anualmente para apenas pouco mais do que meio milhão. Além disso, desde 2007, o número de nascimentos na Rússia excedeu o número de abortos em uma relação de dois para um. Isto é uma inversão estonteante para as últimas décadas. Na metade dos anos 80, a União Soviética possuia os maiores índices de aborto dentre os países desenvolvidos. Alguns estimam algo como 115 abortos para cada 100 nascimentos – um número assombroso! Elevadíssimo!
Agora, outro indicador de que a Rússia está voltando-se em direção a uma completa cultura de vida é a mudança de atitude entre a população. Nos últimos 20 anos, a proporção de cidadãos Russos que consideravam o aborto inaceitável na verdade triplicou de 12% para 35%. Temos que lembrar que em 1920, com todo aquele espírito igualdade inspirado pelo Marxismo, a União Soviética tornou-se o primeiro estado no mundo que verdadeiramente legalizou o aborto. Assim sendo, a prática permaneceu, tristemente, muito popular entre os Russos. Eles apenas vêem nisto uma outra forma de controle de natividade e nada mais. Apenas 20 anos atrás, somente 12% da população Russa opunha-se ao aborto – quase 90% pensava que abortar era certo. Agora, todavia, aqueles que denunciam o aborto cresceram 300% para mais de 30%. Demais para um mundo tornando-se cada vez mais secular, não? Agora, o estudo que foi divulgado descobriu que mulheres são mais propensas do que os homens para condenar o aborto. Eles descobriram que as mulheres mantinham uma opinião mais estrita com cerca de 40% delas condenando o aborto em todos os casos, comparadas com cerca de 31% dos homens.
Agora, existiram várias razões para esta mudança de atitude que nós podemos identificar. A primeira é, sem dúvida, os incansáveis esforços da Igreja Ortodoxa Russa trabalhando de perto com o estado Russo. O estado instituiu um apoio econômico para famílias com muitos filhos como um meio de reverter a tendência de declínio populacional. A Igreja estabeleceu centros de apoio para mulheres grávidas em situações complicadas, algo muito semelhante ao nossos centros de gravidez de risco. Eles também promoveram o desenvolvimento da educação sobre os perigos dos abortos.
Agora, o que não deve ser ignorado, de igual modo, é o sucesso que a Igreja e o estado Russo tiveram em promover a família e os relacionamentos sexuais tradicionais, cujo o colapso está intimamente ligado a alta nos abortos. Tanto o aborto e a contracepção moderna de um lado e a promiscuidade sexual e a homossexualidade no outro, separam o sexo e a sexualidade da procriação e da família. Logo, ambas as práticas tendem a incentivar, mutualmente, a noção de que o sexo é legitimamente buscado mesmo sem considerar filhos. Os estudos mais recentes demonstram uma esmagadora rejeição da homossexualidade e de relacionamentos entre o mesmo sexo entre a população Russa. Desta forma, penso que aquilo também está ligado a isto.
Outra razão para esta mudança de atitude é, certamente, a guinada nacionalista na Rússia nas últimas décadas. Existem estudos que concluem que os movimentos nacionalistas tendem a promover sentimentos antiaborto em grande parte porque os movimentos nacionalistas tendem a ser muito tradicionais. Eles tendem a ser muito, muito pró-família e muito pró-geracional.
Eu gosto de ilustrar isto com o filme Casamento Grego. Se vocês não viram este filme, ele é a respeito de uma jovem mulher Grega chamada Toula, que tem uma grande família Grega. Eles vivem em Chicago e, para o choque de todos, ela torna-se noiva deste “Americano comum”, como diria Archie Bunker, Ian Miller. Ian Miller vem da típica família secular Americana. No dia de seu casamento, então, a cena é maravilhosa. Eles casam-se na Igreja Ortodoxa Grega – Ian foi batizado na Igreja – e, quando o pai entra com sua filha Toula pela passarela, a câmera vira para o santuário e vocês podem ver, no lado da família do Ian Miller, no lado secular, apenas um punhado de familiares presentes nas primeiras fileiras. Enquanto que no lado da direita, no lado da noiva, está cheio até as beiradas com familiares, contando só os que estavam de pé. Aqui pode ser visto o contraste entre uma visão religiosa, nacionalista e tradicionalista da família e esta patética, moribunda e secular concepção de família. Eu penso que exista uma maravilhosa crítica sobre as diferenças sociais entre as concepções seculares e tradicionalistas, não obstante o quão involuntário tenha sido esta crítica da parte do diretor de Casamento Grego.
Nós manteremos nossos olhos voltados para a situação na Rússia. Certamente iremos orar a Deus por suas ricas bençãos sobre o esforço da Igreja Ortodoxa Russa e pelo florescimento de uma rica cultura de vida através da Rússia e, com certeza, através do mundo.
Deus abençoe.
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